segunda-feira, 8 de junho de 2020

A Democracia Corinthiana



A Democracia corinthiana foi um movimento do início dos anos 80, liderado por jogadores de futebol que atuavam no Sport Club Corinthians Paulista. Do ponto de vista político, foi o mais importante movimento da história do futebol brasileiro. No início dos anos 80 do século XX, o Brasil vivenciava o final da Ditadura Militar (1964-1985) e quem governava o país era  o General João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).

No final dos anos 70, ainda com o presidente Ernesto Geisel (1974-1979) havia tido início a chamada abertura lenta, gradual e segura, na qual a maioria do alto comando das Forças Armadas, em especial do Exército, aceitava reduzir o ritmo da repressão política. Tal abertura ocorria em função da aumento do descontentamento popular frente a crise econômica que já se anunciava desde 1973.

A liderança do movimento ficou por conta de alguns jogadores politizados do Corinthians, em especial Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon.

A atuação das lideranças e do grupo de jogadores incidiu sobre determinadas regras do clube, tais como regras de concentração e consumo de bebidas alcoólicas. Muitos afirmam que houve uma experiência de autogestão entre os profissionais que atuavam no clube.

Nesse contexto, os jogadores passaram a usar palavras de ordem nas camisas na disputa dos jogos, tais como "Diretas-Já", "Democracia Corinthiana", entre outras.

Do ponto de vista externo ao clube, essas ações ajudaram a impulsionar a campanha pública pelo fim dos governos militares e pela redemocratização do Brasil.





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